A recuperação da empresa portuguesa Lameirinho despertou a atenção da estação norte-americana CNN que dedica uma reportagem especial a esta produtora de têxteis, bem representada no mercado internacional.
A recuperação da empresa portuguesa Lameirinho despertou a atenção da estação norte-americana CNN que dedica uma reportagem especial a esta produtora de têxteis, bem representada no mercado internacional.
A reportagem “Indústria têxtil que se cose a si mesma”, divulgada esta quinta-feira, mostra-nos o dia-a-dia de trabalho da empresa de Guimarães que tem crescido em exportações e em volume de negócios. O grupo familiar “mantém-se de pé” entre um cenário de tantas outras empresas que têm os seus “portões fechados, pintura desgastada e janelas partidas”.
Especialista nas mais variadas peças na área de têxtil lar, a Lameirinho exporta cerca de 90 por cento das suas importações vão para marcas internacionais como a Ralph Lauren, Zara Home e Agatha Ruiz de la Prada. “Inovações como tecidos que não necessitam de ser engomados ou lençóis que repelem mosquitos tornaram a Lameirinho numa empresa mais atrativa para o exterior”, explica a correspondente da CNN Isa Soares.
[Bouchara Paris, Ana Salazar e Rua Sésamo são algumas das marcas que têm procurado os serviços da empresa portuguesa Lameirinho]
Apesar do cenário de crise, Paulo Vaz, diretor-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, aponta uma das causas para o sucesso da Lameirinho o retorno de “muitos clientes internacionais que costumavam trabalhar com Portugal há 20 anos atrás”. O representante explica que houve uma grande mudança nos últimos cincos anos que se intensificou com a perda de representatividade dos produtores chineses.
A trabalhar na produção de têxteis desde os 11 anos de idade, Albano Coelho Lima é hoje o presidente do Conselho de Administração da Lameirinho, empresa construída pelo seu pai em 1948. O empresário português admite que tem de fazer “sacrifícios” para manter o negócio e admite que, “quando a Europa criou o euro”, nunca pensou que “teria de lutar para sobreviver”.
Nos últimos dez anos de atividade, a empresa dispensou 700 postos de trabalho de forma a manter-se no mercado. Ainda assim, Albano Coelho Lima tem esperança em vir a recuperar a forma que tinha anteriormente com os resultados de 18% de crescimento em exportações e de 13% de aumento do volume de negócios.
Clique AQUI para visualizar a reportagem da CNN (em inglês).