O arquiteto português Gonçalo Ribeiro Telles vai ser distinguido esta quarta-feira com o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, na Nova Zelândia, galardão considerado o "Nobel" da Arquitetura Paisagista.
O arquiteto português Gonçalo Ribeiro Telles vai ser distinguido com o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, em Auckland, na Nova Zelância. O galardão que é considerado o “Nobel” da Arquitetura Paisagista será atribuído a Ribeiro Telles pela Federação Internacional dos Arquitetos Paisagistas (IFLA, sigla em inglês) esta quarta-feira.
Segundo a Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas (APAP), este prémio tem como objetivo “reconhecer um arquiteto paisagista cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão”.
A associação contou à agência Lusa que a entrega do prémio acontecerá esta quarta-feira numa sessão do congresso, onde Miguel Braula Reis, presidente da APAP, vai estar em representação de Gonçalo Ribeiro Telles. O arquiteto que não poderá estar presente na cerimónia será homenageado com a leitura de uma conferência da sua autoria e com uma mensagem de agradecimento pelo seu trabalho.
A APAP salienta que Gonçalo Ribeiro Telles “é premiado por uma excecional carreira de setenta anos, poucos meses depois de ver garantida a continuidade do corredor verde de Lisboa, uma ideia que lançou em 1968”.
O júri do prémio é composto por arquitetos paisagistas das quatro regiões da IFLA, “que representam o âmbito académico, a prática pública e privada, e possuem um profundo conhecimento da profissão, dos seus profissionais-chave e da prática internacional”.
O galardão criado em 2004 equipara-se a um “Nobel” e tem como paralelo o Prémio Pritzker da arquitetura. O prémio comemora todos os anos a contribuição do arquiteto paisagista britânico Sir Geoffrey Jellicoe, fundador da IFLA.
Gonçalo Ribeiro Telles é responsável por várias obras em Portugal, sendo de destacar o Corredor Verde de Monsanto, a Estrutura Verde Principal de Lisboa, os jardins da sede da Fundação Calouste Gulbenkian e ainda os projetos do Vale de Alcântara, da Radial de Benfica, do Vale de Chelas, e do Parque Periférico.
Notícia sugerida por Elsa Martins