Portugal continua a subir no índice da liberdade de imprensa. Em 2012 o país saltou para a 28ª posição da tabela - uma subida de cinco lugares -, depois de, no ano anterior, ocupar o 33º lugar, em consequência de uma melhoria de sete posições.
Portugal continua a subir no índice da liberdade de imprensa. Em 2012 o país saltou para a 28ª posição da tabela – uma subida de cinco lugares -, depois de, no ano anterior, ocupar o 33º lugar em consequência de uma melhoria de sete posições. A lista, divulgada esta terça-feira pela organização internacional Reporters Without Borders (RWB), é, mais uma vez, encabeçada pela Finlândia.
“Depois da 'Primavera Árabe' e de outros protestos que provocaram subidas e descidas no Índice de Liberdade de Expressão do ano anterior, o relatório de 2013 marca o regresso a uma configuração mais habitual [dos países na tabela]”, explica a RWB através de um comunicado publicado no seu site oficial.
“A posição da maior parte dos países já não se deve a desenvolvimentos políticos repentinos, sendo que o índice deste ano reflete melhor as atitudes e intenções dos governos em direção à liberdade de imprensa a médio e longo-prazo”, acrescenta a organização não-governamental fundada em 1985 e sediada em França.
À semelhança do que aconteceu o ano passado, o pódio é ocupado por Finlândia, Holanda e Noruega, respetivamente. Os finlandeses surgem, aliás, pelo terceiro ano consecutivo, “como o país que mais respeita a liberdade de imprensa” considerando fatores como a legislação ou a violência contra os jornalistas.
Brasil e China apontados como exemplos negativos
No extremo oposto aparecem, uma vez mais, o Turquemenistão, a Coreia do Norte e a Eritréia, países ditatoriais que continuam a destacar-se pela negativa no que toca ao desrespeito pelos meios de comunicação social e à mão pesada da censura.
A RWB salienta ainda – também pela negativa – os casos do Brasil e da China, que, embora sejam olhados como modelos de desenvolvimento regional, continuam a ter um desempenho fraco ao nível da liberdade de imprensa e de informação.
O Brasil, por exemplo, alavanca económica da América do Sul, deu seguimento à queda de posições na tabela, tendo descido nove lugares até ao 108º devido à morte de cinco jornalistas no ano passado e dos persistentes problemas associados à pluralidade dos media.
Também a China permanece sem sinais de melhoramento: apesar de ter subido uma posição (para 173º), o país continua a manter na prisão muitos jornalistas e a censura aplicada na Internet, cada vez mais criticada, mantém-se como um forte obstáculo ao acesso à informação.
O índice, que inclui 179 países, resulta de dados obtidos através de um inquérito lançado pela RWB a 18 associações de defesa da liberdade de expressão nos cinco continentes aos seus 150 correspondentes, bem como jornalistas, investigadores, juristas e defensores dos direitos humanos.
Clique AQUI para consultar o resumo do relatório do World Press Freedom Index (em inglês) e o “ranking” completo.