Um grupo internacional de astrónomos acaba de descobrir que a estrela Tau Ceti, nossa "vizinha cósmica", é orbitada por cinco planetas e que um deles, a apenas 12 anos-luz da Terra, está situado numa zona considerada "habitável".
Durante muito tempo os astrónomos acreditaram que a estrela Tau Ceti, visível a partir da Terra sem a ajuda de telescópios, brilhava sozinha. Porém, um grupo internacional de investigadores acaba de descobrir que esta estrela é orbitada por cinco planetas e que um deles, a apenas 12 anos-luz da Terra, está situado numa zona considerada “habitável”.
A Tau Ceti integra a constelação de Cetus (também conhecida como 'constelação da Baleia') e não só está perto do nosso Sol, como também se parece muito com ele graças à sua massa, o que fez com que, até hoje, muitos cientistas tenham tentado, embora em vão, encontrar em seu redor sinais de vida extraterrestre.
Um estudo divulgado esta quarta-feira e citado pela AFP dá agora conta da descoberta de cinco planetas em redor desta estrela com recurso à utilização de uma nova técnica de recolha de dados astronómicos.
“Escolhemos a Tau Ceti porque acreditávamos que não daria qualquer tipo de sinal. É tão brilhante e parecida com o nosso Sol que constitui um banco de provas ideal para provar o nosso método de deteção de pequenos planetas”, explica, em comunicado, o investigador Hugh Jones, da Universidade de Hertforshire, no Reino Unido.
No entanto, a experiência acabou por revelar surpresas: cinco planetas com massas entre duas e seis vezes superiores à da Terra. Segundo os astrónomos, um deles encontra-se na chamada “zona habitável, não demasiado quente, nem demasiado fria, o que permitiria a existência de uma atmosfera, de água em estado líquido à superfície e, consequentemente, de alguma forma de vida”.
Segundo a equipa, a Tau Ceti é uma das “vizinhas cósmicas” mais próximas da Terra e, por ser tão brilhante, será possível, no futuro, estudar a atmosfera dos seus planetas.
De acordo com Steve Vogt, outro dos investigadores envolvidos neste trabalho de pesquisa, da Universidade da Califórnia, nos EUA, a descoberta confirma a ideia de que “praticamente todas as estrelas têm planetas e que, na nossa galáxia, muitos deles devem ser habitáveis e ter dimensões parecidas com as da Terra”.