Os 189 que participaram na conferência da ONU sobre o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) chegaram esta sexta-feira a um acordo - o primeiro em 10 anos - que inclui a criação de uma zona sem armas nucleares no Médio Oriente, noticia a agência F
Os 189 países que participaram na conferência da ONU sobre o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) chegaram esta sexta-feira a um acordo – o primeiro em 10 anos – que inclui a criação de uma zona sem armas nucleares no Médio Oriente, noticia a agência France Press.É a primeira vez, em 10 anos, que a conferência de acompanhamento do TNP chega a um acordo para rever o tratado que, desde que entrou em vigor em 1970, serve como diretriz mundial para limitar a proliferação de armas nucleares.
O Secretário-Geral da ONU “aprova particularmente o acordo sobre um processo que leve à implementação completa da resolução de 1995 que estabelece uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio”, disse Ban Ki-moon em um comunicado.
A conferência adotou por consenso um documento final que prevê quatro planos de ação sobre cada um dos três pilares do TNP – desarmamento, controle dos programas nucleares nacionais para garantir que são pacíficos e utilização pacífica da energia atómica -, além de um Médio Oriente sem armas atômicas.
Conferência internacional em 2012
No que diz respeito a esse último ponto, o documento planeia a organização, em 2012, de uma conferência internacional “na qual supõe-se que todos os Estados da região participem, com o objetivo de chegar à instauração” dessa zona sem armas nucleares, e onde é requerida a presença de Israel e do Irã.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou o acordo, que “fortalece o regime de não proliferação mundial”.
“Este acordo inclui passos equilibrados e práticos que farão avançar a não proliferação, o desarmamento nuclear e o uso pacífico da energía nuclear, que são as bases para o regime mundial de não proliferação”, destacou Obama.
Os Estados Unidos comprometem-se ainda em trabalhar para que esta conferência seja um sucesso, declarou a delegada americana Ellen Tauscher.