O governo norte-americano encabeçado pelo presidente Barack Obama aprovou uma proposta de alteração à lei que abre caminho à eliminação da legislação "Don´t Ask, don´t tell" ("Não perguntes, não contes") que proíbe os soldados homossexuais de express
O governo norte-americano encabeçado pelo presidente Barack Obama aprovou uma proposta de alteração à lei que abre caminho à eliminação da legislação “Don´t Ask, don´t tell” (“Não perguntes, não contes”) que proíbe os soldados homossexuais de expressarem abertamente a sua identidade sexual. “Don´t ask, don´t tell” foi uma lei aprovada durante a Administração de Bill Clinton e permitia a presença de gays no exército desde que estes não revelassem a sua condição. Contudo, mais de 10 mil elementos foram expulsos por violarem esta política.
Na proposta apresentada, o Presidente Obama, o secretário da Defesa Robert Gates e o chefe do Estado-Maior Interarmas Mike Mullen dizem que se certificaram de que a nova política é “consistente com os padrões de aprontamento militar, eficácia, coesão das unidades e recruta e retenção das forças armadas”, conforme cita o jornal Público.
Os apoiantes da alteração mostram-se confiantes com a oportunidade de gays e lésbicas poderem servir livremente no exército. Segundo a CNN, 8 em cada 10 americanos apoiam a presença de homossexuais no serviço militar.
“O apoio é generalizado, até entre Republicanos”, esclareceu o responsável pelo inquérito da CNN, Keating Holland. “Quase 6 em cada 10 Republicanos mostraram-se favoráveis”, disse o mesmo responsável citado pelo Christian Science Monitor.
Segundo a mesma publicação, 52 por cento dos norte-americanos consideram as relações de gays e lésbicas “moralmente aceitáveis”.
“Estamos a observar uma mudança a longo-termo da opinião pública”, explica um professor norte-americano, Bon Tempo. “Cada vez mais as pessoas convivem num mundo onde homossexuais fazem parte do discurso político e as pessoas já estão mais confortáveis com essa ideia”.
A medida irá ajudar a fortalecer o exército norte-americano e “respeitar o serviço de gays e lésbicas,” conforme refere um apoiante da medida proposta pela administração Obama numa altura estratégica enquanto os democratas não perdem mais lugares de votação no senado, o que deverá acontecer já em novembro. A aprovação da lei continua contudo incerta e a entrar em vigor acontecerá apenas no final do ano.