Portugal posiciona-se no 15º lugar no índice do países melhores para se ser mãe, de acordo com o relatório anual da organização Save The Children. O país desceu um lugar em relação ao ano passado, mas ultrapassa países como a Espanha (16º, antes 12º)
Portugal posiciona-se no 15º lugar no índice dos melhores países para se ser mãe, de acordo com o relatório anual da organização Save The Children. O país desceu um lugar em relação ao ano passado, mas ultrapassa países como a Espanha (16º, antes 12º) e a Suíça (18º, antes 14º). A encabeçar a lista está a Noruega e na última posição encontra-se o Níger.
Para estabelecer o índice, que engloba 165 países, a organização avalia, a partir de números da ONU, fatores educativos, económicos, de saúde e políticos, como a escolaridade e acesso ao trabalho das mães, a utilização de contracetivos, a mortalidade infantil ou a duração da licença de maternidade.
Sobre Portugal, o relatório destaca por exemplo ser um dos países com «as melhores políticas» no que diz respeito ao direito das mães a ver reduzido o horário de trabalho enquanto amamentam, assim como uma taxa de utilização de contracetivos superior a 80 por cento, ao nível de países como a Noruega.
De acordo com os dados, Portugal tem um risco de morte materna inferior ao da Noruega – 1/9.800 contra 1/7.600 -, mas uma licença de parto bem mais curta – 16 a 20 semanas contra 34 a 46 semanas – e níveis mais baixos de escolaridade, acesso dos filhos à educação primária ou participação política das mulheres.
Comparativamente a Espanha, Portugal apresenta melhores indicadores em aspetos como a utilização de contraceção (80 por cento contra 62 por cento) ou a mortalidade infantil (4/1.000 contra 5/1.000), mas Espanha tem um menor risco de mortalidade materna (1/11.400 contra 1/9.800) e uma maior escolaridade média das mulheres (17 anos contra 16).
Os 10 melhores países para ser mãe são a Noruega, Islândia, Suécia, Nova Zelândia, Dinamarca, Finlândia, Austrália, Bélgica, Irlanda e Holanda e Reino Unido, que partilham o décimo lugar.
Os últimos da lista são o Níger, o Afeganistão, Iémen, Guiné-Bissau, Mali, Eritreia, Chade, Sudão, Sudão do Sul e República Democrática do Congo.
No comunicado à imprensa que acompanha o relatório, a Save The Children apela aos líderes dos países mais ricos, que se reúnem dentro de duas semanas na Cimeira do G8 nos EUA, para que tomem decisões sobre políticas e programas que permitam combater a subnutrição e, dessa forma, garantir a sobrevivência de mães e bebés.
O relatório, intitulado State of The World’s Mothers 2012 (Estado das Mães do Mundo 2012), foi divulgado na terça-feira, nos Estados Unidos, que celebram o Dia de Mãe no segundo domingo de Maio.
Consulte o índice completo AQUI.