Investigadores do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho (UMinho), liderados por Lígia Rodrigues, descobriram que a lactoferrina, uma proteína do leite, é decisiva no tratamento e prevenção do cancro da mama.
Investigadores do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho (UMinho), liderados por Lígia Rodrigues, descobriram que a lactoferrina, uma proteína do leite, é decisiva no tratamento e prevenção do cancro da mama.
O estudo, recentemente publicado no Journal of Dairy Science, concluiu que o tratamento de células cancerosas com lactoferrina de leite bovino reduziu a sua viabilidade para metade e a sua proliferação em quase dois terços.
Em comunicado da UMinho, Lígia Rodrigues (na foto), líder da equipa de investigação, explica que “a investigação pode ter particular relevância para a indústria alimentar”, já que “o consumo de leite e derivados, ou mesmo produtos enriquecidos com lactoferrina, pode no futuro constituir uma forma natural de prevenir o cancro da mama ou de melhorar o tratamento dos pacientes.
A professora do Departamento de Engenharia Biológica, da Escola de Engenharia da UMinho, sublinha que esta proteína é reportada como um importante agente em vários tipos de cancro.
A investigadora adianta ainda que agora vão ser feitos estudos complementares para clarificar o papel potencial da lactoferrina, designadamente os mecanismos de ação das suas substâncias ativas e que quantidades devem ser incluídas na dieta humana para produzir benefícios.
Da equipa de investigação também fizeram parte José António Couto Teixeira, Cristina Duarte e Yunlei Zang, todos Centro de Engenharia Biológica da UMinho.
A lactoferrina, constituída por 703 aminoácidos, encontra-se predominantemente nos produtos de excreção das glândulas exócrinas dos aparelhos digestivo, respiratório e reprodutivo. Assim, é possível encontrar esta proteína no leite, nas lágrimas, na saliva e no sémen. Adicionalmente, a lactoferrina pode também ser encontrada no sangue.
Pode consultar o artigo publicado pelos investigadores da Universidade do Minho no Journal of Dairy Science,
AQUI.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]
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