Apenas 29 milímetros. É quanto mede aquele que será o camaleão mais pequeno do mundo, encontrado por cientistas alemães na ilha de Madagáscar. A descoberta foi publicada na revista científica PLoS ONE na passada terça-feira.
Apenas 29 milímetros. É quanto mede aquele que será o camaleão mais pequeno do mundo, encontrado por cientistas alemães na ilha de Madagáscar. A descoberta foi publicada na revista científica PLoS ONE na passada terça-feira.
No arquipélago de Madagáscar, a equipa encontrou quatro espécies de camaleões minúsculos. Mas o mais pequeno de todos – o 'Brookesia micra' – mede apenas 29 milímetros, o tamanho de uma unha. Os investigadores acreditam que este pequeno réptil apenas se reproduz na ilha Nosy Hara, onde foi encontrado.
A equipa de investigadores do Zoologische Staatssammlung (Munique), procurou estes animais minúsculos à noite, com o auxílio de lanternas, durante a estação das chuvas. “Eles normalmente vivem no meio das folhas no chão durante o dia, mas de noite sobem às árvores e podemos então vê-los”, explica Frank Glaw, líder da equipa, à BBC.
Segundo os investigadores, este camaleão poderá ser “um caso de nanismo insular”, fenómeno que faz com que as espécies diminuam de tamanho com o tempo, para se adaptarem a um habitat mais pequeno.
“É provável que a grande ilha de Madagáscar tenha produzido um grupo geral de camaleões, ao passo que a ilhota deu origem a espécies minúsculas”, apontou o Frank Glaw.
“Em Madagáscar, muitas espécies estão restringidas a pequenos habitats, e isso faz com que seja importante conservá-los”, afirma o investigador à BBC. A equipa de investigadores teme agora que estes animais estejam em risco de extinção, devido à sua fragilidade e caso haja alguma alteração no seu habitat.
Embora as quatro espécies encontradas sejam semelhantes, uma análise genética verificou que, na realidade, os camaleões dividem-se em quatro espécies, o que leva Miguel Vences, membro da equipa, a concluir que estes animais “se separaram há milhões de anos, antes mesmo de várias outras espécies de camaleões”.
Clique AQUI para aceder ao resumo do artigo na PLoS ONE.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta, Vítor Fernandes e Elsa Martins]