O site da Gripenet está aberto todo o ano, mas os dados são recolhidos entre Novembro e Maio, o período de maior atividade do vírus. Durante o resto do tempo, o portal fornece informação sobre a doença e os resultados da monitorização, apresentados em curvas de incidência e bases de dados.
A ideia nasceu na Holanda e rapidamente se tornou “um caso de sucesso de comunicação de ciência e de promoção da saúde”, lê-se no site. Em Portugal, o projeto chamou a atenção do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) que criou o portal dois anos depois. Como depende unicamente de voluntários, o Gripenet encontra-se e promover uma campanha de sensibilização da população para participar.
Se quiser fazê-lo basta que tenha residência no território nacional e possua um endereço de correio eletrónico. Depois, é seguir os passos no site e ir respondendo a um questionário semanal sobre os sintomas gripais (ou ausência deles) durante essa semana.
“A recolha de dados tem por objetivo monitorizar, em tempo real, a evolução da epidemia”, explica o site, que é o maior repositório de conteúdos online em língua portuguesa sobre a gripe.
Gripenet tem o apoio do Instituto Dr. Ricardo Jorge
Esta não é a única entidade nacional a proceder a este controlo. O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge faz o mesmo, por outros meios, sendo, aliás, colaborador do Gripenet, tal como a Direção Geral de Saúde. Os dados recolhidos são analisados por investigadores do IGC.
“Devido às suas características, o sistema Gripenet possibilita uma deteção precoce de eventuais anomalias, e uma captação de pessoas que recuperam da gripe sem recorrer aos serviços de saúde, com uma assinalável economia de recursos. Características potencialmente úteis em caso de uma eventual pandemia”, lê-se no site.
O projeto foi distinguido, em 2009, pela Agência para a Modernização Administrativa, como um exemplo de “Boas Práticas” de serviço ao cidadão e está incluído na Rede Comum de Conhecimento.
[Notícia sugerida por Ana Guerreiro Pereira]