Os abutres estão a nidificar no Parque Natural do Tejo Internacional, em Castelo Branco, onde existe uma colónia com três casais. Este ano, de acordo com a Quercus, foi possível confirmar a nidificação em dois deles. Porém, apenas num dos casos os processos de postura e incubação foram bem-sucedidos, levando ao nascimento da cria Idanha em Abril.
Esta é a terceira cria de abutre-preto que nasce em Portugal após quatro décadas de ausência. Foi em 2010 que a nidificação desta espécie voltou a acontecer em território nacional, tendo-se verificado já outros dois nascimentos desde então.
O abutre-preto tinha-se extinguido como nidificante em Portugal na década de 70 devido à “perseguição de que foi alvo e ao uso de venenos”, bem como à destruição dos habitats de nidificação, avança a associação de conservação da Natureza no seu site oficial.
A conservação da espécie continua, no entanto, a estar ameaçada. Em comunicado, a Quercus declarou que está a desenvolver várias ações dirigidas ao abutre-preto e a outras espécies em perigo nesta área do Tejo Internacional.
Para assegurar que a colónia se mantenha e possa aumentar, foi criada uma equipa de vigilância e assistência veterinária. Além disso, o organismo está a implementar medidas contra o uso ilegal de venenos, a disponibilizar regularmente alimento aos abutres, e a tentar conhecer melhor a espécie seguindo três abutres todos os dias via satélite.
Clique AQUI para aceder ao comunicado da Quercus.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta e Vítor Fernandes]