O transplante, feito há seis meses, consistiu na extração de células estaminais mesenquimais – células capazes de se transformar em osso, cartilagem, gordura ou tecido conectivo – do osso do quadril do paciente e, posteriormente, na injeção direta dessas mesmas células no local onde a coluna foi atingida.
Dois meses passados sobre a intervenção, resultado de dois anos de pesquisas, o militar conseguia já equilibrar-se sobre as pernas e era capaz de pedalar nas sessões de fisioterapia. Os progressos têm sido crescentes e, agora, Maurício voltou mesmo a andar com a ajuda de um andarilho.
“Eu dei um passo e senti-me estranho, porque depois de nove anos sem caminhar, perceber que estava a conseguir andar sobre as minhas próprias pernas… foi uma sensação muito boa”, confessou, emocionado, ao Jornal do Brasil.
Os médicos ainda não sabem se Maurício poderá voltar a andar normalmente. Porém, todos estão radiantes com os frutos do transplante, especialmente o próprio: “Para quem não tinha nenhuma perspetiva… hoje já tenho uma perspetiva de andar no andarilho, dar os primeiros passos, é sinal de que alguma coisa está a acontecer e, daqui para a frente, acho que só tende a melhorar”, concluiu.
[Notícia sugerida por Elsa Martins]