“Vocês têm a única solução possível para este problema”, disse, segundo a Lusa, o porta-voz do exército americano à empresa portuguesa. O diretor executivo da OutSystems, Paulo Rosado, garantiu que ficou surpreendido, mas acredita que o interesse também é resultado da postura da empresa cujo posicionamento é um dos “mais agressivos e mais inovadores”, disse à Lusa.
Esta é a primeira vez que um software português chega ao exército norte-americano. A escolha pela marca portuguesa residiu na ferramenta informática que a empresa está a desenvolver, a Agile Plataform. Este software já foi premiado internacionalmente e permite às empresas “desenvolver, alterar e atualizar redes de aplicações Web, 10,9 vezes mais rapidamente, do que qualquer outra”.
“Foi uma sorte provocada. A nossa máquina de marketing trabalha muito bem”, disse Paulo Rosado referindo-se ao contrato com a U.S. Army. Foi a própria organização que contratou a OutSystems, ao perceber que a empresa tinha a única solução possível para consolidar os centros de dados informáticos do exército.
“O que aconteceu foi que um dos departamentos fulcrais de informática dentro do Exército dos Estados Unidos estava à procura de uma solução que lhe permitisse fazer a consolidação de todos os ‘data centers’ do exército”, afirmou Paulo Rosado. O software Agile Plataform foi a solução encontrada.
Trata-se de uma ferramenta de programação rápida, que foi recentemente atualizada para a versão 6.0 e que conta já com mais de 20 mil instalações em empresas de 22 setores de atividade, informa a Lusa.
As suas vantagens estão sobretudo nos baixos custos de manutenção, mas não só. “O seu valor torna-se cada vez maior à medida que é utilizado. Os clientes mais antigos são aqueles que mais valor dão à plataforma. E aqueles que menos vontade têm de discutir connosco preços. Nunca dizem que é caro”, explica Paulo Rosado.
A OutSystem foi criada em 2001 e é uma empresa 100% portuguesa, apesar de estar espalhada pelo mundo. Emprega 140 pessoas, 30 das quais fora de Portugal. A curto prazo o objetivo é ultrapassar os 70% de faturação no mercado externo.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta e Vitor Fernandes]