Concebida e organizada por Jorge Calado, ”Aparições – A Fotografia de Gérard Castello Lopes 1956-2006” inaugura no BES Arte & Finança no dia 23 de setembro, sexta-feira, às 19h00. Serão exibidas 153 fotos do artista, algumas em vários formatos, ilustrando as suas conceções sobre escala. O BES Arte & Finança homenageia assim o decano da fotografia portuguesa, no ano da sua morte
Na exposição será possível ver a famosa fotografia da pedra (Portugal, 1987), em 5 tamanhos diferentes. Grande parte da mostra expõe provas vintage, e cerca de meia centena das peças são imagens inéditas, todas da coleção da família.
A exposição será completada por uma série de retratos de Gérard Castello-Lopes por outros fotógrafos (Augusto Cabrita, Carlos Afonso Diias, José M. Rodrigues, etc.) e por um conjunto de objetos pessoais (câmaras fotográficas, livros, discos, agenda, etc.).
Além das fotografias do espólio do artista, a exposição integra oito obras da BESart – Colecção Banco Espírito Santo, bem como peças cedidas pelo Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (Fundação Calouste Gulbenkian), Museu Coleção Berardo, Galeria Fernando Santos (Porto) e por vários colecionadores particulares.
Em abril de 2012, a exposição viajará para Paris, para ser exposta nas novas instalações do Centre culturel Calouste Gulbenkian, no nº 39 do boulevard de la Tour Maubourg (Invalides).
Em Lisboa, a mostra pode ser visitada gratuitamente no espaço BES Arte & Finança, na Praça Marquês de Pombal, nº 3, todos os dias úteis, das 9h00 às 21h00.
Sobre o autor
Gérard Castello-Lopes (1925-2011) foi o lídimo representante da geração de ouro da fotografia portuguesa – a que emergiu nos anos 1950. Na companhia de Sena da Silva, Carlos Afonso Dias e de vários outros, Castello-Lopes acertou a fotografia portuguesa com o que, de melhor, se fazia lá fora.
No entanto, a maior parte destas obras permaneceram desconhecidas até à sua revelação pela Galeria Ether (Lisboa), em plenos anos 1980. Ao contrário dos seus colegas, Gérard Castello-Lopes retomou gloriosamente a fotografia em 1982, e continuou a fotografar e a expor até 2008.
Nascido em Vichy (França), em 1925, Castello-Lopes morreu em Paris a 12 de Fevereiro de 2011. Com uma vida dividida entre Portugal e França, marcou não só o cinema (como crítico, actor, assistente de realização e administrador de Filmes Castello Lopes), mas também a fotografia e o jazz (foi co-fundador do Hot Clube de Portugal em 1948), em Portugal.