O grupo de palhaços Irmãos Esferovite vai participar no FestiClown Palestina, um festival de circo, palhaços e risoterapia. O Festival vai ocorrer pela primeira vez na Palestina, mas já se realiza desde 2002 em Espanha, na Galiza. Organizado pela associação cultural e de cooperação internacional Pallasos en Rebeldía (Palhaços da Rebeldia) o festival vai prolongar-se de dia 2 até 15 de Setembro.
Esta é também a primeira vez que a equipa portuguesa, composta pelos artistas Pedro Correia, André Marques, Luís Almeida e Sérgio Cardoso participa. Em declarações à Agência Lusa, Pedro Correia disse estar entusiasmado com a participação e assegura que todos estão ” preparados para levar a alegria e quebrar os muros necessários para as pessoas serem um pouco mais felizes”.
A localização do festival não foi escolhida por acaso. O conflito permanente no país é um foco de preocupação para os organizadores. Como pode ler-se no site do FestiClown Palestina, “A humanidade não é um direito nem uma condição, é uma rede invisível que rodeia todos os corações que habitam o planeta. Cada vez que alguém ataca esta membrana em qualquer lugar do mundo, o coração coletivo que somos é afetado”.
A frase é de Iván Prado, mas o festival adotou-a como mote. A luta contra as consequências negativas da guerra é um dos objetivos dos organizadores, assim como o é fazer da risoterapia uma medida de luta contra a discriminação e depressão, como refere o site.
Grupo português actua já este sábado
O Festiclown Palestina vai ter lugar nas cidades de Jerusalém e Cisjordânia. Ao lado dos Irmãos Esferovite vão estar mais de 15 companhias internacionais e algumas palestinianas.
O grupo português vai ter várias atuações em escolas e na rua. A participação no Samanablus Big Show, do dia 3, deverá ser uma das mais importantes. Além destes sítios, o festival irá deslocar-se até hospitais, teatros, campos de refugiados e outros locais em que o riso faça falta.
Para Os Irmãos Esferovite, especialistas em misturar humor, música e artes circenses, o objetivo principal é “quebrar a monotonia” do conflito e dar cor a “esse lado mais cinzento”, explicaram à Lusa.