Daniel Campelo, novo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, mandou proferir um despacho que retira o melro da lista de espécies cinegéticas.
“O melro nem sequer é uma questão para os caçadores que não fazem questão de o caçar. Acho que não fazia sentido manter esta ave na lista de espécies a caçar”, salientou o secretário numa visita ao Parque Natural do Douro Internacional, citado pela Agencia Lusa .
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), mentora da campanha “Eu vou dizer ao Governo que não quero que cacem os nossos melros” recebeu mais de 100 cartas dirigidas à Ministra do Ambiente a contestar a possibilidade de se caçar melros. Como tal, a SPEA já veio dizer na sua página que “congratula o Governo pela medida tomada”.
“A SPEA considera que esta é uma prova de como a união dos cidadãos tem frutos positivos e congratula a decisão”, lê-se no comunicado.
Apesar da medida acertada, a SPEA lembra que há ainda “vários aspetos preocupantes deste novo calendário venatório e outros problemas graves relacionados com a gestão de caça”.
Entre as recomendações sugeridas, a associação salienta que Portugal é um dos poucos países da Europa que ainda permite o uso de munições com chumbo em zonas húmidas, o que leva ao envenenamento de milhares de patos e outras aves todos os anos; para além de permitir caçar patos em agosto e setembro, quando ainda há espécies, algumas ameaçadas, que estão a criar, e caçar espécies que estão a desaparecer, como a Rola-comum e do Estorninho-malhado.
Leia AQUI o comunicado da SPEA.
[Notícia sugerida por Maria Sousa]