A Universidade de Copenhaga iniciou um projeto internacional de investigação sobre os potenciais benefícios da prática de futebol em vários campos da saúde, à qual a Universidade do Porto (UP) se associou recentemente. Prevê-se que, no fina
A Universidade de Copenhaga iniciou um projeto internacional de investigação sobre os potenciais benefícios da prática de futebol em vários campos da saúde, à qual a Universidade do Porto (UP) se associou recentemente. Prevê-se que, no final deste ano, estejam publicados cerca de 20 artigos científicos acerca da matéria.Até ao momento, os estudos efetuados com pessoas de ambos os sexos e de diferentes idades permitiram concluir que a prática do chamado “desporto-rei” pode melhorar não só a força muscular, mas também o equilíbrio postural, a densidade mineral óssea e a resposta reflexa a impulsos súbitos na região lombar, avança o portal Ciência Hoje.
Estes resultados são animadores, particularmente para a população mais idosa, já que que o maior risco de quedas e fraturas regista-se com o aumento da idade, pelo enfraquecimento dos ossos e da capacidade de equilíbrio e desenvolvimento da força muscular.
O contributo português
As faculdades de Desporto (FADEUP) e de Medicina (FMUP), da UP, são as instituições portuguesas envolvidas no projeto liderado pela Universidade de Copenhaga.
António Natal Rebelo, investigador da FADEUP, explica ao portal Ciência Hoje que “comparativamente com a corrida, as práticas desportivas com bola apresentam maiores níveis de tensão sobre o sistema musculo-esquelético, pelo que o exercício intermitente induz a este nível maiores vantagens do que o exercício contínuo”.
A partir de setembro, a equipa de investigadores FADEUP/FMUP vai desenvolver um conjunto de estudos acerca do impacto da prática escolar do futebol no combate ao excesso de peso, incidindo também nos benefícios que o desporto pode trazer à vida de empresários, um grupo-alvo ainda não estudado no projeto. O objetivo é perceber de que forma o futebol pode reduzir os fatores de risco cardiovasculares, muitas vezes provocados por situações de stress.