Saúde

SIDA: Menos 25% de infeções em África

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No ano em que se assinalam os 30 anos do aparecimento da SIDA, um relatório da ONUSIDA revela que a taxa de novas infeções por HIV caiu 25%, entre 2001 e 2009, nos países mais afetados pela doença. Estes números resultam, sobretudo, de uma mudança no comportamento sexual dos jovens das regiões mais afetadas, como o continente africano.

Em termos globais, o número de infeções caiu 19% por cento. Mas a prevalência de HIV nos jovens entre os 14 e os 25 anos caiu mais de 25 por cento em 15 dos 33 países mais afetados pela epidemia, sobretudo na África Subsariana, e na Índia a quebra ronda os 50 por cento, segundo um relatório divulgado esta terça-feira.
 
De acordo com o relatório anual da ONUSIDA, a agência das Nações Unidas de luta contra a SIDA, na Costa do Marfim, Etiópia, Quénia, Malawi, Namíbia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué, a diminuição tem sido acompanhado por mudanças positivas nos comportamentos sexuais.

Também no Burundi, Lesoto, Ruanda, Suazilândia, Bahamas e Haiti, os jovens diminuíram o número de parceiros, utilizam mais vezes preservativo e esperam mais tempo para iniciar a sua vida sexual.

Apesar destas alterações positivas, ainda há cerca de cinco milhões de jovens infetados com HIV em todo o mundo. Além disso, dos 33,4 milhões de pessoas que vivem atualmente com o vírus, metade são mulheres.

No entanto, segundo o relatório, o acesso das mulheres aos preservativos femininos aumentou de forma exponencial, com um número recorde de 50 milhões em 2009.

Entre os dados favoráveis, a ONUSIDA relata ainda que a epidemia estabilizou na maior parte das regiões, apesar de os índices continuarem a subir na Europa de leste e na Ásia central, devido às elevadas percentagens de novas infeções.

A África Subsariana continua a ser a região mais afetada do planeta, já que, em 2008, registou 71 por cento das novas infeções mundiais.

“Estamos num momento crucial para podermos criar um novo enfoque de luta contra a SIDA”, apontou o diretor executivo da ONUSIDA, Michel Sidibé, durante a apresentação do documento.

A agência reclama ainda mais dinheiro para combater a epidemia. Em 2008, foram gastos 15 mil milhões de dólares (11,7 mil milhões de euros) com o HIV, com metade deste valor a ser proveniente dos Estados Unidos.

Clique AQUI para aceder ao relatório da ONUSIDA.

[Notícia atualizada a 17 de julho às 23h00]

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