"Uma concentração de baleias e de krill incrivelmente densa como esta nunca foi observada nesta zona e nesta época do ano", comentou Douglas P. Nowacek, da Universidade de Duke, citado num comunicado da instituição.
Segundo o especialista, estes números resultam dos efeitos das alterações climáticas na região – outrora, o gelo cobria grande parte da superfície do mar junto àquela baía, protegendo o krill e forçando as baleias-de-bossa a migrar em busca de alimento; atualmente, cobre menos de 10%.
"A curto prazo, a falta de gelo no mar é uma boa notícia para as baleias, permitindo-lhes autênticos festins, à medida que o krill se desloca verticalmente para a superfície da baía todas as noites", explicou Ari S. Friedlaender, um dos dois autores principais do estudo e investigador da Universidade de Duke.
"Mas estas são más notícias a longo prazo para ambas as espécies e para tudo o resto no oceano Antárctico que depende do krill", alertou.
O krill é a principal base de alimentação de grande parte das espécies animais marinhas. É o caso dos pinguins, focas e grande parte das aves.