O osso foi assim reconstruído a partir de um pedaço ósseo da zona da bacia ou do perónio, que mantém a capacidade de crescimento, e aplicou-o no rosto das crianças, permitindo assim que o transplante continue a crescer com o resto dos ossos, conforme noticia o jornal Público.
Três destas crianças, de 9, 11 e 14 anos foram operadas no ano passado e a última, a de dez anos, foi operada há uma semana. Todas elas se encontram a recuperar bem, de acordo com Horácio Costa, director do Serviço de Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Maxilo-Facial do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho.
De acordo com nota de imprensa do centro Hospitalar Gaia/Espinho, se tivessem sido aplicadas as técnicas cirúrgicas habituais, como o retalho ósseo simples ou a aplicação de uma placa de titânio e parafusos, as crianças teriam uma grande perda óssea, o que implicaria uma deformação facial imediata.
Mais tarde, essa deformação iria ainda acentuar-se por falta de crescimento do transplante em relação ao resto dos ossos do rosto. Para evitar essa grande assimetria, teria de se esperar que os ossos da face atingissem o crescimento quase completo – que nas mulheres é entre os 16 e os 17 anos e nos homens entre os 17 e os 18 -, com todas as consequências dessa espera em quem não tem grande parte da mandíbula.
Horácio Costa acrescentou que as quatro crianças intervencionadas vão continuar a ser acompanhadas pela mesma equipa de médicos para verificar a taxa de crescimento do esqueleto facial, em particular do osso transplantado. Até que a mandíbula atinja todo o crescimento, as crianças terão uma prótese dentária; depois disso poderão fazer implantes dentários no próprio osso transplantado.
[Notícia sugerida pelos utilizadores Alexandra Maciel e Vítor Fernandes]