A viver atualmente em Nova Iorque, Miguel Amado considera que o convite “mostra a vitalidade das práticas de curadoria em Portugal e o crescente interesse pela arte portuguesa contemporânea no estrangeiro”.
Amado assume já a partir da próxima semana o cargo de comissário de exposições e colecção da Tate St. Ives, um dos quatro museus da instituição cultural, a par dos dois em Londres (Tate Britain e Tate Modern) e outro em Liverpool, no norte de Inglaterra.
Para o curador, o museu de St. Ives é cada vez mais “um importante centro de arte internacional”, que promove “exposições individuais e colectivas, apresentações da sua importante colecção e encomendas dedicadas a artistas e períodos modernos e contemporâneos”, explicou à Lusa.
Recentemente, venceu o “Unsolicited Proposal Program Winner” do centro de arte nova-iorquino Apex Art, um dos principais concursos internacionais para comissários, com uma proposta para a realização de uma exposição coletiva.
Financiada pela Apex Art, a exposição “The Walls That Divide Us” é inaugurada a 9 de Novembro, com obras da palestiniana Emily Jacir e da mexicana Teresa Margolles, entre outros artistas cuja obra reflecte “zonas de conflito”, seja a fronteira entre Israel e a Palestina ou do México com os Estados Unidos, afirma.
A proposta do curador português classificou-se em primeiro lugar entre 557 candidaturas de mais de 60 países.
Entre muitos outros projetos a nível internacional, Miguel Amado é ainda comissário da Fundação PLMJ, em Lisboa, e colaborou recentemente com o Museu Colecção Berardo, o Centro de Artes Visuais de Coimbra e o Museu da Cidade de Lisboa.