Estes crimes terão começado durante o regime do general Franco e prolongaram-se até 1987, quando uma reforma legislativa obrigou os médicos a comunicarem às autoridades cada caso de adoção em que intervinham.
“Este é o primeiro caso de reencontro a que assistimos”, assegurou ao El País Juan Luis Moreno, um dos fundadores da Anadir – Associação Nacional de Afetados por Adoções Ilegais. “Aconteceu em Barcelona, mas ambas preferem ocultar a sua identidade”, acrescentou.
O reencontro deu-se depois de a filha, entretanto adotada por outra família, ter contratado um detetive privado para localizar a sua progenitora, sem sequer desconfiar que, na verdade, existia uma certidão de óbito em seu nome.
As autoridades espanholas estão já a preparar-se para enfrentar outros casos semelhantes: as procuradorias provinciais irão avaliar as centenas de queixas já registadas acerca de bebés alegadamente roubados e o ministro da Justiça, Francisco Camaño, fez saber que pretende disponibilizar, gratuitamente, os testes de ADN aos afetados, sempre que seja apresentada uma autorização judicial.
[Notícia sugerida pelo utilizador Vítor Fernandes]