A larga maioria dos cidadãos (80%) acolhe os refugiados de braços abertos, com muitas pessoas a mostrarem mesmo recetivas a receberem-nos em suas casas, apurou uma sondagem da Amnistia Internacional.
A larga maioria dos cidadãos (80%) acolhe os refugiados de braços abertos, com muitas pessoas a mostrarem-se mesmo recetivas a receberem-nos em suas casas, apurou uma sondagem da Amnistia Internacional. China, Alemanha e Reino Unido estão no topo do índice dos 27 países onde foi medida a aceitação de refugiados.
Este novo “Refugees Welcome Index” (Índice de Acolhimento dos Refugiados), resultante de uma sondagem mundial a mais de 27.000 inquiridos pela GlobeScan, classifica 27 países de todos os continentes com base na disponibilidade dos cidadãos em acolher refugiados a viverem nos seus países, cidades, bairros e nas suas próprias casas.
“Estes números falam por si mesmos. As pessoas estão prontas a fazer com que os refugiados sejam bem-vindos, mas as respostas desumanas dos governos à crise de refugiados estão em desarmonia flagrante com a opinião dos seus próprios cidadãos”, frisa o secretário-geral da Amnistia Internacional, Salil Shetty, numa nota da Amnistia Internacional.
A China conquistou o primeiro lugar do Índice de Acolhimento dos Refugiados, seguida pela Alemanha e pelo Reino Unido. Os países com resultados mais baixos foram a Rússia, a Indonésia e a Tailândia.
19,5 milhões de refugiados no mundo
Globalmente, uma pessoa em cada dez aceitaria acolher refugiados em sua casa: este número sobe para os 46% na China, é de 29% no Reino Unido e de 20% na Grécia; mas de apenas 1% na Rússia e na Indonésia
Globalmente, apenas 17% dos inquiridos recusaram totalmente a ideia de receber refugiados nos seus países. E apenas num país, na Rússia, mais de um terço dos inquiridos (61%) expressaram recusa a permitir a entrada de refugiados.
Para responder à crise global de refugiados, a Amnistia Internacional apela aos governos a reinstalarem 1,2 milhões de refugiados até ao final de 2017. Um valor muito acima dos 100 mil por ano que os governos estão atualmente a acolher anualmente – mas também muito inferior aos 19,5 milhões de refugiados que existem no mundo.