Project Paperclip é a primeira exposição fotográfica a nível mundial a utilizar realidade aumentada. O conceito – em exibição no Centro de Artes da Calheta (Madeira) – é do criativo português Nuno Serrão e oferece ao visitante uma interpretação sonora das fotografias.
Para além de captar o momento exibido na fotografia, a exposição Project Paperclip acompanha as imagens de ambientes sonoros, fazendo com que o público passe por uma experiência não só visual mas também auditiva.
A iniciativa – inédita a nível mundial – está a ter projeção a nível internacional, em meios especializados como o site TheNextWeb ou o Ubbergizmo.
Para usufruir da experiência, o visitante que possua um iPhone 3 ou superior deverá fazer o download gratuito da aplicação Project Paperclip na AppStore da Apple.
Depois – na exposição ou no site da mesma e equipado com auscultadores – basta ligar a aplicação e apontar o iPhone para o código QR da fotografia. Após o scan, é acionada uma paisagem sonora para cada obra.
A experiência é única a cada utilização, já que a 'banda sonora' gerada varia de acordo com as horas do dia, o nível de ruído existente na sala, a voz, o movimento e localização do utilizador, entre outras.
O conceito da aplicação Project Paperclip foi criado por Nuno Serrão, o algoritmo e interface, desenvolvido com Yuli Levtov e as paisagens sonoras criadas com alexnoise.
Guerra Fria como fio condutor
Em Project Paperclip, a Guerra Fria é o fio condutor por entre as fotografias e paisagens sonoras. “Pode parecer estranho que o mais perigoso conflito da humanidade se torne fonte de inspiração mas, se é verdade que em nenhum outro momento da história estivemos tão perto da autoextinção, é igualmente verdade que nunca tivemos tão poucos limites à imaginação”, lê-se no comunicado da mostra.
Durante este período, a ciência era alimentada pelo financiamento militar e, os cientistas eram estimulados a um nível de inovação e competitividade sem paralelo, explica ainda o texto.
As fotografias paisagísticas e conceptuais, aliadas a 'soundscapes', pretendem transmitir um sentimento de divagação e rodear o visitante “numa realidade paralela, inspirada pela ciência e pela curiosidade”.
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