No total serão apresentadas cerca de 600 obras de arte pública, escultura, instalações, pintura e multimédia. A primeira edição desta bienal de arte é organizada pela Associação Portugal Arte e pelas autarquias envolvidas com o apoio da Fundação EDP.
A mostra pretende envolver a arte contemporânea com a comunidade e vai ter lugar em sítios improváveis, desde espaços públicos, centros históricos, praças, praias e espaços históricos interiores, conforme afirma a organização em comunicado.
Os artistas que participam nesta edição da Bienal foram seleccionados através de um processo curatorial internacional e descentralizado composto por artistas, escritores, designers, e arquitetos liderado por Stefan Simchowitz, diretor artístico da iniciativa.
Investimento ronda “um milhão de euros”
Em Lisboa os projetos de arte pública serão instalados em áreas distintas como Baixa-Chiado e a Avenida da Liberdade, Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações.
Em Grândola terá lugar na Biblioteca Municipal. Em Portimão será o Teatro Tempo a acolher parte da mostra. O Centro Cultural António Aleixo, em Vila Real de Santo António, no centro histórico também é outro dos locais escolhidos para o Portugal Arte.
Emily Mãe Smith, Drew Heitzler, Esteban Schimpf, Roberto Diago, Jim Drain, Kelly Barrei, David Hendren, Artemio Narro, e os portugueses Gabriel Abrantes, João Louro, Miguel Arruda e Miguel Palma são alguns dos artistas representados na mostra de arte contemporânea.
A bienal irá atribuir um Prémio Internacional de Arte Pública dirigido a artistas nacionais e estrangeiros no valor de 10 mil euros.
As obras de arte com dimensão pública criadas no âmbito do prémio serão produzidas em Portugal com materiais portugueses, e colocadas depois em instalações da EDP, a principal patrocinadora que em declarações à Lusa revelou que irá investir mais de um milhão de euros neste projeto.
“Este projeto tem todas as qualidades para ser diferenciador, e é na inovação que se deve apostar cada vez mais”, justificou António Mexia.
O presidente da Associação Portugal Arte, Miguel Carvalho, sintetizou que o objetivo desta bienal é “promover a ligação de Portugal a instituições culturais internacionais de renome”. Garante que é uma oportunidade única de “mostrar o trabalho de artistas portugueses para lá das nossas fronteiras e trazer ao nosso país grandes nomes da arte contemporânea”.
“Queremos também levar a arte contemporânea a um público mais diversificado e a locais fora do habitual, como estações de comboio, nas ruas e nas praças” das cidades onde a primeira edição da bienal decorrerá entre 16 de julho e 15 de agosto.