Adoptar uma estratégia global para reduzir as pressões sobre a biodiversidade de forma a estancar definitivamente o seu desaparecimento acelerado até 2020 é o objetivo da 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre a Diversidade Biológica que reúne
Adoptar uma estratégia global para reduzir as pressões sobre a biodiversidade de forma a estancar definitivamente o seu desaparecimento acelerado até 2020 é o objetivo da 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre a Diversidade Biológica que reúne, até dia 29, 193 países em Nagoya, Japão.Segundo relatório divulgado na última semana pela organização não governamental WWF, o planeta já perdeu 30% da biodiversidade. Nos países tropicais, a percentagem de perda chega a 60% da fauna e flora originais.
A conferência COP-10, que arrancou hoje, é a primeira grande reunião após o reconhecimento generalizado do insucesso do plano elaborado em 2002 para travar a perda de Biodiversidade até 2010.
Durante 12 dias especialistas vão tentar encontrar estratégias para acabar com a extinção de espécies animais e vegetais até 2020, uma meta já definida na conferência anterior realizada em Bona, em 2008.
O encontro que decorre no Japão pretende também abordar as diferentes formas de dividir com equilíbrio os lucros provenientes de recursos naturais e os custos para a preservação das espécies.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), é necessário agir “de forma efetiva e imediata (…) para que em 2020 todas as políticas e acções necessárias estejam já a ser implementadas” de forma que “em 2050 a Biodiversidade seja valorizada e conservada, recuperada e usada de forma sensata, sustentando um planeta saudável e disponibilizando benefícios a toda a gente”.
Segundo Jane Smart, que lidera o grupo de trabalho na UICN que se dedica à Conservação da Biodiversidade “atingimos o ponto a partir do qual não é possível voltar atrás em muitas áreas do mundo natural, perdendo inúmeras espécies e os serviços do meio natural em que vivemos”.
“A Conferência em Nagoya pode ser a última oportunidade para traçar um novo plano que funcione – não existe um “Plano B” nem muito menos um “Planeta B”, acrescentou.