Pegadas, piscinas de lama e marcas cravadas nas árvores da floresta da Indonésia deram novas esperanças à WWF, que anunciou a redescoberta do rinoceronte de Sumatra, uma espécie julgada extinta há mais de 20 anos, naquela região.
A organização ambientalista WWF encontrou vestígios de um animal que se julgava extinto há mais de 20 anos, na ilha de Bournéu, na Indonésia. A equipa de investigadores descobriu pegadas do rinoceronte de Sumatra, uma espécie ameaçada que conta com menos de 200 membros em todo o mundo.Ao longo da ilha foram encontradas provas da presença do animal, como pegadas, piscinas de lama e marcas cravadas nas árvores e arbustos da floresta. A esperança dos especialistas ficou ainda mais reforçada após ter verificado que a vegetação do local ainda mantém as mesmas características que garantem a alimentação deste rinoceronte.
“Os resultados são impressionantes, porque acreditava-se que o rinoceronte de Sumatra, em Kalimantan, estava extinto desde os anos 90”, explicou a organização ambiental ao jornal canal britânico BBC.
A população de rinocerontes de Sumatra diminui 50 por cento nas últimas duas décadas, em todo o planeta, tendo por isso sido declarado o estado de “ameaça crítica”. Os caçadores furtivos e a extração ilegal de madeira naquela zona fez com que os animais desaparecessem quase por completo.
“O mais pequeno de todas as espécies de rinocerontes está a ficar rapidamente sem espaço e poderá em breve ficar sem abrigo se os habitats das florestas continuarem a desaparecer”, explica a WWF no seu site oficial.
Em 2008, a organização internacional declarou a extinção do animal no Vietname, após o último espécime existente naquele país ter sido morto por caçadores furtivos.
Esta recente descoberta entusiasma os protetores destes animais que têm assegurado a sobrevivência da espécie através do Santuário do Rinoceronte Sumatra, no Parque Nacional Way Kambas, na Indonésia.