Na altura a imagem de Davinia a ser socorrida com um máscara de gaze a tapar-lhe a cara, sem podermos adivinhar o que se passava por trás, correu mundo como imagem icónica dos ataques. Cinco anos depois as cicatrizes na cara desapareceram graças aos especialistas do Hospital londrino de Chelsea e Westminster.
Como forma de mostrar a sua gratidão, Davinia está a apelar para a doação de 50 mil libras para a constituição de um programa psicológico em falta no mesmo hospital. O objetivo é ajudar e prestar um serviço mais completo às vítimas de queimaduras que como ela dêem entrada naquele serviço.
Greg Williams, porta-voz do “Chelsea and Westminster Hospital NHS Foundation Trust” disse à BBC que “atualmente os pacientes com queimaduras recebem um excelente tratamento de forma a garantir a sua recuperação física”, contudo não possuem “os meios para providenciar avaliações psico-sociais para todas as crianças e adultos que dão entrada no serviço hospitalar”.
Davinia Douglass, como agora se chama depois de ter casado no ano passado, não teve acesso a esse tipo de serviço psicológico. Com uma recuperação “espantosa”, Davinia relembra que a bola de fogo causada pela explosão na estação de Edgware atingiu-a na face esquerda.
“Caminhei por toda a carruagem. Lembro-me das pessoas em choque e a gritarem. Não me apercebi que estava ferida, ainda estava em choque. Só dizia às pessoas que tinha de ir trabalhar”.
Davinia estava convencida de que iria ficar com marcas visíveis para toda a vida, mas os médicos do único hospital especializado em queimados em Londres fez o melhor possível para que recuperasse totalmente.
Ontem, dia 7 de julho, precisamente cinco anos depois dos ataques terroristas a Londres, a data foi assinalada numa cerimónia em Hyde Park com a presença de sobreviventes e familiares das vítimas.