O reencontro, que teve lugar a semana passada na Califórnia, foi organizado pelo canal History Channel e será transmitido em Maio.
Assim que viu o soldado, agora com 89 anos, Joshua cumprimentou-o e deu-lhe um beijo na mão e depois nos pés, como gesto de agradecimento pelo seu ato.
“Quis fazer isto há 70 anos atrás. Admiro-o imenso”, foram as palavras que o judeu dirigiu a Daniel, que na época estava ao serviço da 42.ª Rainbow Division, uma divisão da Army National Guard, a principal força militar dos Estados Unidos.
Joshua beijou os pés em agradecimento pelo ato do soldado
Como conta o 'The Telegraph', a 29 de Abril de 1945, quando o soldado, juntamente com os seus camaradas marcharam no campo de concentração de Dachau, os prisioneiros não sabiam se eles eram libertadores ou nazis enviados para os matar.
Nessa altura, Joshua, foi encontrado pelo soldado norte-americano nas latrinas, um local que era usado como casa-de-banho. De acordo com o relato do judeu, que será transmitido em Maio no History Channel, os prisioneiros “estavam destinados a seguir para os quartéis, o que significava que muitos de nós poderiam morrer”.
Viviam perto um do outro e não sabiam
Assustado, o hungaro só descansou quando viu “a bandeira branca na torre”, e teve “a certeza de que a tortura finalmente tinha acabado”, como explica no documentário 'Dachau Concentration Camp – The Hour Of The Liberators' ('Campo de Concentração de Dachau – A Hora dos Libertadores', em português).
70 anos após a libertação, os dois homens, que afinal viviam mais perto um do outro do que imaginavam, nos EUA, reencontraram-se, na semana passada, em Huntington Beach, na Califórnia. No mesmo documentário, ambos contaram que não estavam à espera deste reencontro.
“[Naquele dia] eu subi do Inferno diretamente para o Céu. Devido a isso, sou lhe eternamente grato”, acresentou Josuha.
Nesta terça-feira, dia 27, celebrou-se o Dia Internacional da Memória do Holocausto, mas também os 70 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, um local onde morreram cerca 1,5 mil milhões de pessoas.
Notícia sugerida por Maria Pandina