Tomar suplementos de vitamina C pode ajudar a diminuir a pressão arterial. A conclusão é de um estudo recente realizado por uma equipa de investigadores dos EUA.
Tomar suplementos de vitamina C pode ajudar a diminuir a pressão arterial. A conclusão é de um estudo recente realizado por uma equipa da Johns Hopkins School of Medicine em Baltimore, nos EUA, que será publicado em Maio no The American Journal of Clinical Nutrition.
Para a realização da investigação, os cientistas analisaram dados de 29 ensaios clínicos diferentes e cerca de 1.400 adultos com idades compreendidas entre os 22 e os 74 anos.
Durante aproximadamente oito semanas, os participantes ingeriram uma média de 500 miligramas de vitamina C por dia, registando-se, nas pessoas com pressão arterial elevada, uma diminuição da pressão arterial sistólica e diastólica de cerca de 5 e 1,7 pontos, respetivamente.
“A nossa pesquisa sugere uma diminuição modesta da pressão arterial por efeito da toma de suplementos de vitamina C”, explicou Edgar Miller, um dos autores do estudo, citado pelo portal WebMD.
“Porém, antes de podermos recomendar estes suplementos como tratamento para a hipertensão, precisamos de proceder a uma análise mais aprofundada das suas implicações gerais”, explicou o professor.
Outros estudos tinham já sugerido a existência de um elo entre pessoas que ingerem mais vitamina C por via da alimentação ou dos suplementos e que têm uma pressão arterial mais baixa.
De uma forma global, todas as investigações efetuadas – algumas com adultos saudáveis e outras envolvendo pessoas com hipertensão – mostraram que o consumo de cerca de 500 miligramas por dia pode reduzir a pressão arterial sistólica em cerca de 4 pontos e a diastólica em 1,5 pontos em apenas dois meses.
“Embora tenhamos encontrado apenas um impacto moderado da vitamina C neste âmbito, se toda a população dos EUA conseguisse reduzir a pressão arterial em três pontos haveria muito menos enfartes”, afirmou Miller.
Naquele país, 1 em cada 3 adultos tem pressão arterial elevada, o que aumenta o risco de doenças cardíacas. Por norma, o problema é minimizado através do exercício físico, de uma dieta equilibrada e de outros comportamentos saudáveis.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]
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