Na China, onde os consumidores não tinham o hábito de beber vinho, estão a ser vendidas por ano cerca de 400 mil garrafas de vinhos da região de Lisboa, correspondentes a quase 01% da produção nacional e a um milhão de euros de ganhos financeiros.
“Estamos a produzir mais vinhos certificados, porque o consumo tem aumentado nos mercados nacional e externo”, disse Vasco Avillez, presidente da CVR, que promove esta sexta-feira e sábado, em Oeiras, o Simpósio Vitivinícola da Região de Lisboa.
A exportação para a China é assegurada por dois operadores, sendo o principal produtor a Quinta da Bichinha, em Alenquer, cuja produção é toda orientada para o mercado chinês. Em 2011, vendeu 220 mil garrafas.
“Tem sido uma boa experiência e, apesar das dificuldades em vender passado aquele entusiasmo inicial pelos vinhos, é um mercado com grande potencial”, afirmou à agência Lusa José Tavares, da gerência.
Mercados exigentes como a Suécia e a Noruega, onde a CVR tem apostado na realização de ações promocionais, a par de Moçambique, Angola, Brasil e Estados Unidos da América, aumentaram o consumo dos Vinhos de Lisboa.
“Só uma marca aumentou em 500 mil garrafas as suas vendas em relação ao ano anterior”, sublinhou Vasco Avillez. Em média, as exportações subiram 05 por cento.
Os indicadores levam a CVR de Lisboa a afirmar que os agentes económicos do setor da região de Lisboa têm conseguido enfrentar a crise com êxito.
A região possui nove vinhos regionais (Alenquer, Arruda, Torres Vedras, Óbidos, Encostas D`Aire, Bucelas, Carcavelos, Colares e Lisboa) e uma aguardente (Lourinhã) com Denominação de Origem Controlada.