A produção de vinho deste ano deverá ser superior em qualidade e quantidade à de 2011. A estimativa é feita pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) que, apesar de prever quebras em determinadas regiões, antecipa um aumento de 4% a 5%.
A produção de vinho deste ano deverá ser superior em qualidade e quantidade à de 2011. A estimativa é feita pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) que, apesar de prever quebras em determinadas regiões, adianta que a produção deverá aumentar entre 4% a 5% em relação à campanha do ano passado.
As vindimas estão atrasadas duas semanas devido ao estado de maturação das uvas, mas a previsão é de um crescimento de produção e de uma melhoria não apenas em termos quantitativos como qualitativos: o IVV antecipa também um bom ano em relação à qualidade graças às condições climatéricas registadas na generalidade do território.
Segundo o Instituto, os maiores aumentos previstos localizam-se na Península de Setúbal (30%), Tejo (25%), Madeira (24%), Lisboa e Trás-os-Montes (20%). As subidas estão relacionadas, essencialmente, com a reconversão da vinha, a ausência de pragas e o aumento do número de hectares, que permitiram um acréscimo de uvas.
Em contraponto, a região vitivinícola dos Açores deverá ser a que registará maiores quebras – na ordem dos 80% nos brancos e nos 60% a 70% nos tintos – causadas por “ventos muito fortes ocorridos em Maio e por míldio [uma praga] que atacou as videiras em Junho”, fazendo de 2012 o segundo pior ano da última década, disse à Lusa o presidente da Comissão Vitivinícola Regional, Paulo Machado.
Para o Minho e o Algarve estimam-se também quebras na produção, que deverão rondar os 15% e os 30%, respetivamente. A norte, as principais causas foram as chuvas e as temperaturas baixas, ao passo que o sul foi mais afetado pela falta de água e pelas temperaturas mais baixas do que o habitual.