Os balões de biogás desta vila são “alimentados” com desperdícios orgânicos, sobretudo estrume de vaca. As bactérias no interior destes balões processarem os detritos, potenciando o gás metano que fornece energia aos fogões de aproximadamente 100 habitantes.
“Inicialmente as pessoas disseram que éramos loucos por usarmos estrume de vaca para produzir biogás”, confessa Kosol Saengthong, responsável pela rede energética da vila, numa reportagem da AFP.
Mas dado o sucesso do projeto iniciado há 10 anos, que conseguiu fornecer, pela primeira vez na história, eletricidade àquela vila, o cenário inverteu-se: “Agora invejam-nos por conseguirmos fazê-lo”.
"Produzimos os nossos vegetais e a nossa energia, somos completamente independentes. Tenho orgulho na nossa vila", afirma um dos aldeões entrevistado pela AFP.
A maioria das fontes de energia da Tailândia provêm de combustíveis fósseis, apesar do país ter recursos renováveis em abundância. O governo tailandês espera duplicar a quota de mercado das energias verdes (para 25%) durante os próximos cinco anos.
O Ministério da Energia tailandês já destacou o exemplo dado pela vila: “o mundo está pronto para os humanos começarem imediatamente a produzir energia renovável: temos vento, luz solar, biomassa e biogás. Se algum tailandês ainda estiver hesitante em relação a isso, basta olhar para Pa Deng como um exemplo”, diz Phirat Imphanich, analista daquela instituição.