Uma jovem britânica que sofre de fibrose cística foi recentemente submetida a um transplante de pulmões que lhe permitiu recuperar uma vida normal. Devido à sua doença, que causa problemas respiratórios e digestivos, Chloe Baker alimentava-se atra
Desde bebé que Chloe seguia uma dieta baseada em leite altamente calórico. No verão passado, as condições de saúde de Chloe deterioraram-se quando lhe foi diagnosticada uma infecção bacteriana.
Os médicos do hospital Great Ormond afirmaram que a jovem teria que receber um transplante de pulmões para sobreviver. Chloe estava tão debilitada antes da operação que já não conseguia andar nem respirar.
Duas semanas depois de estar na lista de espera, os médicos encontraram um dador compatível para a complicada cirurgia. Apesar do transplante só ter 50 por cento de hipóteses de sucesso, Chloe sobreviveu e dois dias depois já era capaz de ingerir alimentos e andar pelo próprio pé.
Quatro meses depois da operação, Chloe recuperou totalmente o peso e a capacidade pulmonar, podendo finalmente alimentar-se normalmente. A mãe, Christine Baker, disse este sábado em entrevista ao jornal britânico Daily Mail que a recuperação da filha “foi inacreditável” e que agora “ela pode ter uma vida normal”.
Fibrose cística é a doença rara mais comum em Portugal
A fibrose cística é uma doença hereditária que afeta todo o organismo causando deficiências progressivas e, frequentemente, levando à morte prematura. O nome fibrose cística refere-se à característica cicatrizante (fibrose) e à formação de cistos no interior do pâncreas.
A dificuldade para respirar é o sintoma mais sério e resulta das infecções no pulmão crónicas que são tratadas, mas apresentam-se resistentes aos antibióticos e a outras medicações. A grande quantidade de outros sintomas, incluindo sinusite, crescimento inadequado, diarreia e infertilidade, são efeitos da FC em outras partes do corpo.
Segundo Ana Isabel Granjeia, da faculdade de Medicina do Porto, a fibrose cística é a doença genética mais frequente em Portugal, sendo frequentemente fatal até à idade de adulto jovem. Em Portugal, estima-se que uma em cada 4000 pessoas sofra desta doença.