Melhores amigos de infância, os canadianos Duncan Cumming e Ron Cole cresceram em casas separadas por poucos metros de distância e partilharam aventuras nos primeiros tempos da juventude. Depois de 60 anos, descobriram que são irmãos.
Melhores amigos de infância, os canadianos Duncan Cumming e Ron Cole cresceram em casas separadas por poucos metros de distância e partilharam aventuras nos primeiros tempos da juventude. Depois de 60 anos qualquer contacto, os dois acabam de compreender o porquê de uma ligação tão forte: afinal, e sem nunca o terem imaginado, são irmãos de sangue.
Cumming e Cole conheceram-se em Ottawa, na década de 1950, tendo ambos sido entregues a diferentes famílias adotivas. Na época em que se tornaram colegas de escola, tornaram-se, também, amigos próximos – como documenta uma fotografia tirada numa praia quando tinham cerca de 12 ou 13 anos e que foi o ponto de partida para a grande descoberta – mas acabaram por se afastar devido a mudanças de cidade.
No final de 2013, graças à intervenção de uma organização, a Parent Finders Ottawa, que ajuda familiares separados por processos de adoção a reencontrar-se, os dois vieram a saber que partilhavam laços mais profundos do que pensavam, nomeadamente a mesma mãe biológica.
“Fomos colegas na escola pública durante cerca de dois ou três anos, sem saber que éramos irmãos. É inacreditável”, confessou Cumming, 72 anos, que, durante 25 procurou a progenitora e, depois de saber que esta falecera, deu início a uma busca por um irmão e irmã que lhe disseram ter, em entrevista ao jornal canadiano National Post.
Para Cole, hoje com 71 anos, encontrar o irmão foi uma jogada de sorte da vida, já que nunca se preocupou em encontrar a família biológica. “Fui adotado, tive uma boa vida, uma boa infância, aprendi a descobrir o certo do errado e os meus pais [adotivos] eram, para mim, os meus verdadeiros pais”, admitiu.
“Porém, é muito engraçado. É uma grande história”, acrescentou o canadiano, que já falou ao telefone com o irmão e que deverá reunir-se com Cumming em Ottawa já no próximo mês de Setembro. Entretanto, os dois pretendem continuar à procura da irmã, Diane Beattie, que nunca foi adotada e viveu numa casa de acolhimento até atingir a maioridade.
Notícia sugerida por António Resende e Maria da Luz