Os vegetarianos vivem mais tempo do que os que seguem uma dieta "carnívora". Esta é a conclusão de um estudo sobre saúde desenvolvido pela faculdade de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, EUA.
Os vegetarianos vivem mais tempo do que os que seguem uma dieta “carnívora”. Esta é a conclusão de um estudo sobre saúde desenvolvido pela faculdade de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, EUA, através da análise, ao longo de várias décadas, de milhares de fiéis da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que encoraja os seus seguidores a adotar o vegetarianismo, desaprovando as bebidas alcoólicas, o tabaco e a utilização de drogas.
O estudo, denominado “Adventist Health Study”, deu início ao acompanhamento de mais de 96.000 pessoas dos EUA e do Canadá no final de 1950 e indica que limitar o consumo de carne pode fornecer proteção contra doenças crónicas que tendem a encurtar o tempo de vida, nomeadamente o cancro, e reduzir a incidência de problemas cardiovasculares.
De acordo com a Examiner, os dados mais recentes da investigação mostram que os homens adventistas vegetarianos cujos casos foram estudados vivem, em média, 83,3 anos – mais 9,5 anos do que os que consomem carne. Já as mulheres vegetarianas vivem, em média, 85,7 anos (mais 6,1 do que as que não são vegetarianas). Além disso, acrescentam os investigadores, há vários outros benefícios resultantes das dietas vegetarianas.
Segundo a equipa da Universidade de Loma Linda, os que consomem, essencialmente, alimentos como vegetais, frutos secos e frescos e grães têm um menor risco de sofrer de doenças de coração, uma das principais causas de morte a nível mundial.
Proteção contra o cancro e a diabetes
Adicionalmente, as dietas vegetarianas podem dar uma ajuda na proteção contra o cancro, em particular o cancro do pulmão, da mama e o cancro colorretal, uma vez que os “bons” nutrientes e os antioxidantes encontrados nos legumes contribuem para reduzir a inflamação que pode conduzir ao desenvolvimento da doença.
Este tipo de dieta pode também diminuir o risco de diabetes tipo 2, já que os vegetarianos e os “veganos”, que seguem um regime ainda mais restrito, são menos resistentes à insulina do que os carnívoros, e o risco de obesidade, já que, especialmente os que se alimentam de acordo com os ideais “veganos”, são, em média, 13kg mais leves que os “carnívoros”.
Os responsáveis pelo estudo em questão salientam, no entanto, que não é necessário ser vegetariano ou “vegano” para desfrutar destes benefícios. Segundo a equipa, as pessoas que consomem peixe e os “semi-vegetarianos”, que consomem produtos animais, por exemplo, apenas uma vez por semana, também têm uma proteção “intermédia” contra as doenças associadas a estilos de vida pouco saudáveis.
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AQUI para aceder à página do “Adventist Health Study”.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]
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