Ciência

Vegetarianos correm menor risco de doença cardíaca

Uma dieta vegetariana é mais eficaz na proteção contra as doenças cardiovasculares, concluiu um estudo britânico que revelou que aqueles que não consomem peixe ou carne têm 32% menos probabilidades de sofrer deste tipo de problema.
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Uma dieta vegetariana é mais eficaz na proteção contra as doenças cardiovasculares. A garantia é de um novo estudo que concluiu que aqueles que não incluem carne ou peixe na sua alimentação têm 32% menos probabilidades de ser hospitalizados ou de morrer em consequência de problemas cardíacos. 
 
O estudo, desenvolvido por investigadores da Universidade de Oxford, em Inglaterra, mostrou que, embora os vegetarianos tenham tendência a ser mais jovens e, normalmente, também não fumem ou bebam, o que pode contribuir para reduzir o risco de patologias cardiovasculares, as melhorias na saúde estão, sobretudo, relacionadas com o regime alimentar.
 
Durante a investigação, os cientistas seguiram 45.000 voluntários, um terço dos quais vegetarianos, ao longo de mais de 11 anos. Os participantes foram convidados a responder a questões sobre saúde e estilo de vida ainda na década de 1990 e cerca de metade foram submetidos a testes para analisar os níveis de colesterol e a pressão arterial.
 
No final do estudo, em 2009, 1.235 participantes tinham registado episódios de doença cardiovascular e, dentro desse grupo, 169 morreram e 1.066 foram hospitalizados.
 
Entre os participantes com idades entre os 50 e os 70 anos, 6,8% dos que consumiam carne e peixe foram hospitalizados ou morreram durante o estudo. Pelo contrário, só 4,6% dos elementos do mesmo grupo etário que seguiam uma dieta vegetariana passaram por um desses episódios.
 
De acordo com a equipa coordenada por Francesa Crowe, que publicou os resultados no American Journal of Clinical Nutrition, os níveis mais baixos de mau colesterol e de pressão arterial graças ao menor consumo de alimentos gordurosos nas dietas vegetarianas foram o elemento-chave, ao passo que outros aspetos, como o peso, provaram ser pouco significativos para os resultados.
 
Citada pelo The Telegraph, Crowe, que trabalhou em conjunto com Tim Key, explicou que os benefícios de uma alimentação vegetariana estão associados a níveis reduzidos de gorduras saturadas, níveis elevados de gorduras poliinsaturadas e ao menor consumo de sal, embora estes também possam ser alcançados com uma dieta não-vegetariana.
 
“Obviamente, uma dieta vegetariana é um bom caminho para reduzir a ingestão de gorduras saturadas, mas a mensagem mais importante do nosso estudo é que a alimentação, em termos gerais, é um fator determinante muito importante no risco de doença cardiovascular”, concluiu a especialista.

Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).

[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]

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