As exportações do setor metalúrgico e metalomecânico nacional no passado mês de maio atingiram os 1.692 milhões de euros, o que traduziu um crescimento de 14,9% face ao mês homólogo do ano anterior.
De acordo com os dados recolhidos pela AIMMAP- Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, este foi o vigésimo primeiro mês consecutivo em que as exportações do setor suplantaram os mil milhões de euros e o décimo terceiro mês seguido de crescimento face ao mês homólogo do ano anterior.
O valor de exportações atingido em maio ficou a menos de 4 milhões de euros de bater o melhor resultado de sempre, no entanto conquistou o segundo maior registo da história da indústria metalúrgica.
Nos primeiros cinco meses de 2018, o crescimento das exportações foi 16,9% face a período homólogo e os valores alcançados em cada mês entraram diretamente na listagem dos dez melhores de sempre.
“Estamos a verificar um crescimento acima do esperado das exportações do sector metalúrgico e que superam mesmo as outras indústrias em Portugal. 2017 foi o melhor ano sempre para a nossa indústria, mas 2018 está a superar mesmo as expectativas mais otimistas. Isto só é possível porque a marca Metal Portugal é hoje um selo de garantia de inovação e qualidade. As empresas começam a colher resultados da reputação e notoriedade que vão ganhando nos mercados externos”, referiu Rafael Campos Pereira, Vice-presidente da AIMMAP.
Esta tendência fortemente ascendente das exportações tem sido alavancada pelas vendas para os restantes países da União Europeia, onde no total destes cinco meses se verificou um crescimento de 23,9% face ao ano anterior, de 6.741 para 7.883 milhões de euros.
O maior protagonista continua a ser a França, onde se registou uma subida de 1.013 para 1.224 milhões de euros (crescimento homólogo de 20,8%). Os casos da Alemanha e da Espanha com crescimentos homólogos, respetivamente, de 16,1% e 14,5%, continuam a justificar igualmente uma grande atenção.
Quanto ao Reino Unido mantêm-se ainda boas notícias apesar da possibilidade do Brexit, verificando-se que o crescimento homólogo das vendas para esse mercado nos primeiros cinco meses do ano foi de 4,1%.
No exterior da União Europeia a evolução dos números é menos interessante, registando-se ainda uma quebra face ao período homólogo. Angola e Brasil são mercados que tardam em recuperar. Apesar de tudo, constata-se que, na sequência do que os números do mês anterior já indiciavam, começa a consolidar-se uma recuperação face à quebra maior que se registava no final do primeiro trimestre.
Com efeito, depois de a redução homóloga ter sido de 11,5% no final de março, passou no final do primeiro quadrimestre a ser de 8,3% e agora, no que concerne aos resultados acumulados dos primeiros cinco meses, reduziu novamente para 6,8%. Estes são claramente sinais positivos que se espera poderem vir a consolidar-se nos próximos meses.
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