A partir deste ano letivo, todos os alunos da Escola Superior de Ciências Empresariais de Valença (ESCE) estão obrigados a desenvolver um plano de negócio ao longo dos três anos de licenciatura. Os melhores vão ser colocados em prática.
A partir deste ano letivo, todos os alunos da Escola Superior de Ciências Empresariais de Valença (ESCE) estão obrigados a desenvolver um plano de negócio ao longo dos três anos de licenciatura. No final do curso, os melhores vão deixar o papel e ser colocados em prática.
De acordo com a direção da ESCE, ouvida pela Lusa, o objetivo deste projeto descrito como pioneiro é “estimular o espírito de iniciativa”. “Substituímos o antigo modelo, em que cada docente dava trabalhos práticos. Se colocarmos o aluno a trabalhar em algo que é para o seu próprio desenvolvimento, o envolvimento será superior”, explicou o diretor da escola, João Paulo Vieito.
Segundo o responsável, o projeto é “transversal” a todas as disciplinas ministradas em Valença e vai permitir “testar ideias”, nomeadamente ao nível da viabilidade financeira, antes da implementação e com o “tempo suficiente de maturação”, tornando aquele estabelecimento uma “escola de empreendedores”.
Esta nova iniciativa da escola, que integra o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, envolve 40 docentes e integra os mais de 80 alunos que começaram a frequentar, este ano, os quatro cursos de licenciatura daquela escola.
“Temos 400 alunos, mas não poderíamos arrancar logo com todos, até porque é um modelo que ainda estamos a testar. Todos os que entrarem a partir de 2012 vão ter este plano para desenvolver e os primeiros, naturalmente, serão apresentados dentro de três anos”.
Combater o problema da empregabilidade jovem
João Paulo Vieito salientou que, com esta novidade, a ESCE quer contrariar a “prática habitual” nas licenciaturas da área da gestão, em que os estudantes desenvolvem um plano de negócio numa unidade curricular de empreendedorismo somente no último ano do curso ou mesmo no último semestre.
“O tempo disponível é muito curto e o que acaba por acontecer na grande maioria das vezes é que os projetos não c hegam a ficar suficientemente maduros para serem implementados”, admitiu, reforçando que, através desta nova solução, passará a existir a necessidade de que os alunos “pensem numa ideia desde que entram na escola e que a mesma seja desenvolvida de forma integrada em cada unidade curricular”.
O projeto visa igualmente “combater o problema da empregabilidade dos jovens licenciados”, já que serão “dotados” das “ferramentas necessárias para criarem o seu próprio emprego”, além de permitir “dinamizar a economia regional”.
Segundo João Paulo Vieito, os projetos “mais promissores” no 3º ano da licenciatura terão espaço para passar à prática no Parque Empresarial de Valença, gerido pela Interminho, e contarão com apoios de parcerias já estabelecidas com instituiçoes públicas e privadas para “facilitar”, por exemplo, o acesso a programas de financiamento.