De acordo com o comunicado do Portal de Oncologia Português (POP), a vacina, até agora indicada para mulheres até aos 45 anos, vai poder ser aplicada em homens, para que beneficiem de proteção dos tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus.
O POP refere que a infeção é muito frequente, “estimando-se que 75 a 80% dos homens e mulheres sexualmente ativos sejam infetados pelo HPV ao longo da vida”. A ideia de que o homem é apenas transmissor do vírus é errada, uma vez que também eles são afetados, podendo sofrer vários tipos de cancro e outras doenças genitais.
O estudo da ENSP indica ainda que os condilomas genitais são a doença por HPV mais frequente em Portugal, surgindo em cerca de 11.100 novos casos por ano no sexo masculino, o que representa um custo de cerca de 2,5 milhões de euros em diagnóstico e tratamento.
Os dados preliminares do estudo “HPV Vaccination – Quantitative Market Assessment for Boys and Young Men”, conduzido pelo IFOP (Market Research and Opinion Poll Institute) e pela Sanofi Pasteur MSD, apontam para que apenas 50% dos homens portugueses, com idades entre os 18 e 26 anos, tenham conhecimento da existência do HPV.
Do grupo que conhece o HPV, apenas 55% acredita estar em risco de contacto com o vírus. Quando confrontados com o facto de o HPV causar cancros e doenças genitais também no sexo masculino, 68% dos homens portugueses mostram-se surpreendidos.
Com a nova indicação da vacina, dados do mesmo estudo estimam que 85% dos homens portugueses são favoráveis ou muito favoráveis à vacinação contra o HPV.
[Notícia sugerida por Diana Rodrigues]