Ao contrário do que poderíamos ser levados a pensar, as redes sociais não têm de ser uma distração: em vez disso, aumentam até a produtividade dos funcionários no emprego.
Ao contrário do que poderíamos ser levados a pensar, as redes sociais não têm de ser uma distração: em vez disso, aumentam até a produtividade dos funcionários no emprego. A conclusão é de um novo estudo britânico, que revela que as muitas formas de comunicar tornam as pessoas mais eficientes e mais flexíveis quanto ao local e modo de trabalho.
A investigação, desenvolvida na Warwick Business School, no Reino Unido, e que contou com a participação do português João Baptista, professor de sistemas de informação naquela instituição desde 2006, provou que a diversidade de dispositivos digitais e redes sociais ajuda as pessoas a trabalhar em vez de as prejudicar.
“Descobrimos que a conetividade digital, que é 'omnipresente', altera o sentido de presença dos trabalhadores, ajudando-os a completar com sucesso e de forma mais eficaz as tarefas coletivas”, afirma, em comunicado, Joe Nandhakumar, o coordenador do estudo que será publicado em Setembro na revista científica Information Systems Journal.
O estudo indicou também que esta conetividade traz aos trabalhadores uma maior 'latitude' e um controlo mais amplo em relação aos prazos e à localização do trabalho.
Graças à flexibilidade oferecida pelas redes sociais, o emprego deixa de se cingir ao horário “das nove às cinco” e passa a envolver tarefas feitas “fora de horas” quando os profissionais comunicam com outros colegas de todo o mundo através da Internet.
Segundo Nandhakumar, “a quantidade de informação que está agora na ponta dos dedos dos trabalhadores modernos não deve significar que eles estão sobrecarregados, mas sim que se tornaram mais poderosos”.
De acordo com o especialista, também professor da Warwick Business School, este estudo, a par de investigações anteriores, vem contribuir para o aumento das evidências que sugerem que, em vez de adotar, acriticamente, as crenças populares do mundo digital como algo disruptivo, as organizações devem “analisar mais profundamente”.
“As empresas devem explorar a forma como os seus funcionários poderão estar mais bem equipados e ganhar mais poder para gerir o seu tempo e a sua produtividade neste novo ambiente”, conclui.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]