Pela primeira vez, uma equipa internacional de investigadores conseguiu provar que, além de, como já era sabido, prevenir o cancro cutâneo, a utilização diária de protetor solar retarda o processo de envelhecimento da pele.
Pela primeira vez, uma equipa internacional de investigadores conseguiu provar que, além de, como já era sabido, prevenir o cancro cutâneo, a utilização diária de protetor solar retarda o processo de envelhecimento da pele e ajuda a manter uma aparência mais jovem.
O estudo foi conduzido por especialistas do Queensland Institute of Medical Research, na Austrália, e envolveu 900 homens e mulheres jovens e de meia idade (com até 55 anos). Os resultados mostraram que, ao fim de quatro anos e meio, aqueles que utilizavam protetor solar regularmente não revelavam sinais detetáveis de envelhecimento da pele.
Além disso, os que recorriam com frequência a esta solução tinham uma pele 24% menos envelhecida do que os participantes que apenas aplicavam protetor solar de vez ocasionalmente.
Metade dos voluntários que participaram no estudo utilizaram, regularmente, protetor solar no rosto, braços e mãos e a outra metade fê-lo como costumava fazer habitualmente (ou não o fez, se fosse esse o caso). No final da experiência, os cientistas avaliaram os danos existentes na pele.
“Nunca é tarde” para começar aplicação regular
“O estudo mostrou que o uso do protetor solar tem estas vantagens mesmo se começar a ser aplicado a partir da meia idade, pelo que nunca é tarde para fazer a diferença”, afirma Adele Green, coordenadora da investigação.
Segundo a especialista, que trabalhou em conjunto com colegas da School of Population da Universidade de Queensland, “esta tem sido uma dica de beleza muito ouvida, mas é a primeira vez que é possível fundamentá-la cientificamente”.
“Protegermos a nossa pele contra o cancro através do uso regular de protetor solar tem também o bónus de manter a nossa aparência mais jovem”, garante Green num comunicado divulgado pelo instituto.
A líder da investigação publicada na revista científica Annals of Internal Medicine sublinha ainda que, além da “procura de sombras e da utilização de roupas que cubram a pele”, o protetor solar “é o mais importante meio de proteção contra os raios solares, prevenindo os escaldões a curto prazo e o cancro da pele a longo prazo”.
De destacar que o estudo testou também a teoria de que os suplementos de beta-caroteno podem prevenir o envelhecimento, concluindo que tais suplementos “não influenciam o envelhecimento da pele”, embora não seja possível eliminar totalmente “a possibilidade de uma pequena diferença para melhor ou pior”, pelo que seriam necessárias investigações mais aprofundadas.
Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).