Motivado pela falta de conhecimento atual em relação às cidades africanas, este reconhecido arquiteto resolveu fotografar as suas características mais marcantes: bairros suburbanos, urbanizações clandestinas e paisagens urbanas.
As cerca de 2000 fotografias são introduzidas por uma representação gráfica do projeto que inclui mapas de África em grande escala, políticos e geográficos, e que mostram o continente africano sob diferentes prismas: as línguas, as bandeiras, a densidade populacional, entre outros parâmetros.
As fotografias, em pequeno formato, oferecem uma visão abrangente de cada cidade, onde se podem ver edifícios civis, comerciais, religiosos e habitacionais, e fazem eco das preocupações de Adjaye, enquanto arquiteto.
Mais do que uma exposição de fotografia este é um estudo entre arquitetura, cultura e paisagem urbana, que se pode conhecer ao som dos ritmos africanos, compostos especialmente para a exposição por Peter Adjaye, irmão do arquiteto.
Adjaye fotografou cidades como Kigali, a capital do Ruanda, com os seus traços coloniais; Tripoli, na Líbia, invadida pela energia do presente; os vestígios do apartheid em Pretória, na África do Sul e as urbanizações informais nas periferias de novas cidades, como Abuja, Nigéria.
A exposição está patente no museu da cidade entre 25 de maio e 31 de julho e a entrada é gratuita.