A start-up Unono quer levar os millennials às empresas de uma forma equitativa. Como? O segredo está no processo, que passa por um software que filtra apenas a informação relevante para determinada posição: as competências e a formação técnica. De fora fica se é homem ou mulher, a instituição de ensino, a média ou a naturalidade.
Na Unono, os candidatos não se candidatam a ofertas específicas de emprego. A própria plataforma realiza uma análise minuciosa das competências dos utilizadores para enviar às empresas os perfis que se adaptam às suas necessidades de contratação. A ideia é inverter a lógica de mercado, procurando a melhor oferta para cada candidato, e não o contrário.
Fundada por e para jovens, a plataforma conta já com mais de 60 mil candidatos registados e com a confiança de grandes empresas para gerir os seus processos de recrutamento: a Amazon, a Auchan ou a Daimler são alguns exemplos. É por isso que a Unono, com o objetivo de promover a igualdade no emprego, está comprometida com processos de seleção equitativos, sem avaliar género, raça ou qualquer outra característica que não influencie diretamente o desempenho do trabalho.
“No processo de selecção, nem só o género ou a raça são alvo de discriminação. Muitas vezes a escola, a zona de residência ou a naturalidade podem acabar por ser um factor de exclusão dos processos. A nossa plataforma permite que olhemos apenas para as competências que importam tendo em conta a posição para a qual estamos a contratar”, afirma Edgar Campos, Country Manager da Unono em Portugal.
O algoritmo da start-up analisa as competências dos utilizadores e compara-as com as necessidades e cultura da empresa das empresas, para garantir que os candidatos são os mais bem sucedidos para cada tipo de empresa ou trabalho.
“Adaptamos os critérios de selecção ao que as empresas solicitam, mas se vemos qualquer tipo de discriminação, tentamos evitá-la e agir 100% de forma equitativa, com base na avaliação exclusiva de talentos”, diz Edgar Campos.
Uma marca que quer pôr os jovens no mercado
Num contexto onde a taxa de desemprego jovem ronda os 25%, a Unono posiciona-se como a maior aliada dos millennials que todos os anos enfrentam o desafio de encontrar seu primeiro emprego ou novos cargos na sua área de estudo. Dos mais de 60 mil millennials inscritos na plataforma, 29% são das áreas de Business, 27% de Engenharias, 21% de Marketing e Comunicação e 15% das áreas de humanidades.
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