Universo: Detetados os primeiros ecos do ‘Big Bang’

Esta segunda-feira, uma equipa de físicos norte-americanos anunciou ter detetado ondas gravitacionais primordiais, correspondentes aos primeiros ecos do 'Big Bang' alguma vez registados e referentes ao nascimento do Universo, há cerca de 14 mil milhões de anos. 
 

Trata-se da “primeira evidência direta da inflação cósmica” e foi detetada pelo telescópio BICEP2, no Pólo Sul, operado por peritos do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian, nos EUA. As imagens foram analisadas durante três anos, revelando a existência de ondas do espaço-tempo que testemunham a expansão extremamente rápida do Universo na primeira fração de segundo da sua existência.
 

A detecção directa de ondas gravitacionais primordiais teve por base a observação do fundo difuso cosmológico, uma radiação fraca deixada pelo 'Big Bang'. De acordo com os cientistas, as minúsculas flutuações fornecem sinais do Universo na sua primeira infância, com as pequenas diferenças de temperatura através do céu a revelar onde é que o Cosmos era mais denso e onde se formaram as galáxias.
 

“A deteção deste sinal é, hoje, um dos objetivos mais importantes em cosmologia e resulta de um enorme trabalho conduzido por um grande número de investigadores”, assinala John Kovac, responsável pela equipa que fez a descoberta, à AFP. 
 

Um outro investigador, o físico Avi Loeb, da Universidade de Harvard, afirma que o feito “traz uma nova luz às questões mais fundamentais”, como a de que forma começou o Universo.  “Estes resultados não só servem de prova irrefutável da inflação cósmica, como também indicam o momento da expansão rápida do Universo e do poder deste fenómeno”, sustenta.

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Notícia sugerida por António Resende