O projeto ainda está em fase de desenvolvimento, mas António Covas, professor e membro da comissão técnica de acompanhamento, diz ao jornal Público que os alunos escolhidos para embarcar na aventura virão de áreas de formação diversas, da biotecnologia ao marketing.
Nesta "espécie de regresso às origens de forma moderna", os finalistas vão viver e conviver com os moradores da aldeia – 788 pessoas, segundo os Censos realizados em 2001 -, para desenvolverem uma estratégia de promoção eficiente das frutas e hortaliças da região e perceberem de que forma mais jovens podem fixar-se ali.
O projeto já foi submetido à aprovação do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Caso o aval seja positivo, os jovens irão receber um salário mensal durante a sua estadia em Querença
A freguesia de Querença foi escolhida devido ao seu historial de vida em comunidade, aos recursos naturais e "ao gosto e recetividade para novas experiências", diz António Covas, mencionando ainda o sucesso da residência artística do grupo teatral O Bando naquele local.
O responsável adianta ao Público que uma das primeiras iniciativas a ser implementada pelos jovens é a criação de um "Fórum Aldeia", uma espécie de assembleia geral em que os finalistas vão ser apresentados à comunidade e onde podem definir o negócio que será desenvolvido "no futuro, [na] sua própria empresa".
Esta iniciativa, que conta com o apoio da Câmara de Querença e da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, traduz-se, por isso, no "contributo da universidade para criar projetos empresariais numa zona de grande apetência para o turismo rural", refere o reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro.