José Mendes, vice-reitor da instituição universitária, explicou à agência Lusa que o objetivo é “arrancar” com o curso de piloto, que terá um custo de cerca de 50 mil euros para o aluno, até ao final do ano.
A UMASA – University of Minho Aeronautical Sciences Academy tem, portanto, o propósito “de formar pilotos de linha áerea, mas em contexto académico. Não há nenhum curso destes em Portugal a decorrer numa universidade. Esta é a nova inovação”, esclareceu o responsável, adiantando que “não se trata de uma licenciatura”.
O curso em causa será composto por duas vertentes: uma teórica, preenchida com 750 horas, a ministrar na UMinho, e uma prática, de 195 horas, que será proporcionada através de uma parceria com o Instituto de Formação Aeronáutica (IFA), um dos colaboradores na criação da academia.
Segundo José Mendes, “os exames serão feitos por entidades externas, certificadas para isso, pelo que este será um curso com reconhecimento na formação de pilotos para a aviação civil. Não é uma escola de pilotos privados, mas sim para formar profissionais”.
O ingresso no novo curso da universidade minhota tem como requisitos necessários a conclusão do 12.º ano, conhecimentos de Matemática, Física e Inglês, uma vez que as aulas serão dadas nesta língua.
“Queremos ter também alunos de outros países a formarem-se pilotos aqui em Braga”, justificou o vice-reitor, que desvendou ainda que “haverá cursos de preparação nas disciplinas em que se exige conhecimentos” porque será obrigatória a realização de uma prova de ingresso.
Além da formação, a futura academia terá, numa segunda fase, uma “forte” componente de investigação. “Pretendemos que seja também um polo de investigação da engenharia aeronáutica, engenharia de materiais, entre outras”, sublinhou José Mendes.
De salientar que a Câmara Municipal de Braga é outro dos parceiros da academia minhota, tendo já cedido, na última reunião do executivo camarário, o aeródromo daquela cidade para o treino prático de voo.