Em análise vão estar variáveis como a autoestima sexual, o relacionamento com o parceiro, as crenças e afetos das mulheres, que podem ser determinantes para a compreensão deste tipo de dor.
Cátia Oliveira, investigadora da Universidade Laboratorial de Investigação em Sexualidade Humana (SexLab), diz que há várias mulheres a sofrer dor sexual “em segredo” e “a maior parte” não procura ajuda. “Limitam-se a viver com a dor e muitas vezes nem partilham o problema com os próprios parceiros», declara à agência Lusa.
A psicóloga e terapeuta sexual indica que a investigação pretende, acima de tudo, desmistificar a dor sexual e dar a conhecer às mulheres “que podem ser acompanhadas e tratadas, pois há estratégias para atenuar e até mesmo acabar com a dor”.
Antes de mais, o objetivo passa por inferir se se trata de uma dor crónica, de uma disfunção sexual ou ainda de uma outra dor distinta, pois isso terá “implicações ao nível do tratamento de cada mulher”.
Assim, o estudo irá contar com a colaboração de diferentes indivíduos do sexo feminino, com idades entre os 18 e os 75 anos, que apresentem dor sexual, dor crónica e dificuldades sexuais, mas também que não tenham nenhuma destas dificuldades.
O estudo é pioneiro em Portugal e intitula-se de «Determinantes Psicossociais da Dor Sexual na Mulher».