O Comité do Património Mundial da UNESCO exigiu a paragem imediata das construções da barragem do Tua e criticou as autoridades portuguesas por não terem prestado informação sobre os projetos de construção.
O Comité do Património Mundial da UNESCO exigiu a paragem imediata das construções da barragem do Tua e criticou as autoridades portuguesas por não terem prestado informação sobre os projetos para a construção de barragens na altura do processo de candidatura do Douro Vinhateiro a património mundial.
O jornal Público teve acesso ao projeto de decisão da Unesco que diz que, entre as exigências da Unesco estão ainda a solicitação de uma missão conjunta de análise à situação da área de paisagem classificada do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial e a remissão de um relatório atualizado até ao final de Janeiro próximo.
Quanto à parte decisória, a UNESCO a vontade de “instar o Estado [português] a parar imediatamente todos os trabalhos de construção da barragem de Foz Tua e toda a infraestrutura associada”, a cargo da EDP.
O projeto de decisão será analisado no encontro deste ano, que decorre a partir de 24 de Junho na cidade de S. Petersburgo, na Rússia. As respostas do Governo português só serão analisadas no encontro do próximo ano, em 2013.
A UNESCO já tinha alertado o Estado português para esta situação, em Agosto de 2011, na sequência do relatório elaborado por um grupo técnico, depois de uma queixa apresentada pelo Partido Ecologista Os Verdes.
A barragem de Foz Tua está em construção há mais de um ano na confluência dos concelhos de Carrazeda de Ansiães (Bragança) e Alijó (Vila Real), em Trás-os-Montes.
O empreendimento envolve um investimento de 305 milhões de euros e deverá começar a produzir energia em 2015.
O projeto implicou a desativação da linha do Tua e cortou a ligação ferroviária à linha do Douro.
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