A Universidade do Minho está a desenvolver um projeto que procura responder ao desafio de dotar robôs de uma mobilidade inteligente e adaptativa. Um dos objetivos do projeto é desenvolver próteses e membros artificiais mais evoluídos.
Segundo Cristina Peixoto Santos, professora da UMinho e coordenadora do projeto, “uma das aplicações futuras passa pela criação de próteses e membros artificiais mais naturais, contribuindo para a mobilidade, autonomia e reabilitação de pessoas com membros amputados”.
A inovação está em integrar controladores biológicos no modelo, conferindo
aos robôs um padrão de movimento mais natural e menos robótico e uma capacidade de se adaptar ao meio em que se move.
O objetivo perseguido no trabalho “Locomoção Adaptativa e Inteligente” concentra-se na programação de robôs para que, de forma autónoma, tomem decisões, através de uma arquitetura que reproduz o que se passa no sistema nervoso humano.
Neste projeto de investigação, que conta com a colaboração do Instituto Superior de Engenharia do Porto, desenvolve-se a arquitetura de controlo da locomoção de robôs quadrúpedes, que permitirá aos robôs lidarem com ambientes desconhecidos, sendo capazes de criar alternativas no seu percurso, perante diferentes tipos de terreno e obstáculos.
A aplicação deste trabalho parte dos modelos biológicos, procurando replicar a resposta do sistema nervoso a problemas de controlo. A originalidade do software de controlo reside na capacidade de aprendizagem, que permite que o robô assimile situações já experienciadas de forma a não repetir o mesmo erro.
Este “Locomoção Adaptativa e Inteligente” é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia com o montante de 197 mil euros e tem conclusão prevista para 2013.